Não é isso, de um em um se perde tudo?
Alguns eu deixei pra trás, outros caíram no esquecimento. Os que eram importantes tornam-se apenas parte da lista de contatos. Os realmente importantes são quase ‘secretos’, invisíveis, são os que eu nunca imaginei que pudesse trocar confidencias e que criaram, de repente, incontáveis laços. No fundo eu sei que um dia vou perde-los também.
Tem aqueles que nunca me decepcionaram, são os que eu vejo 3 ou quatro vezes durante o ano. Esses são os que eu posso contar. Podem não estar perto, mas estão sempre.
Ah, tem os que eu morro de saudade e que quando os vejo o coração bate tão forte que até sinto vergonha.
Tem os que eu nunca vi, esses são os que eu imagino, que admiro e que queria por perto.
Sempre tem um e outro que eu gostaria de nunca ter conhecido. Os estúpidos e ignorantes. Esses são os que eu sinto pena.
Tem os que eu abandonei. Tem os melhores de todos. Tem os para sempre. Tem os que não voltam mais.
Tem até os que eu gosto em segredo. São os mais inimagináveis.
Na verdade, tenho poucos. Posso contar nos dedos.